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Artigo feijão feste

Manifestações culturais do município de Fátima e os impactos: econômico, político, social e ambiental.

Jose Almeida dos santos

Universidade federal de Sergipe (UFS)

Graduando em geografia

J_.3000@hotmail.com

Resumo

O presente artigo visa analisar os impactos econômicos, políticos, sociais, ambientais e culturais do município de Fátima resultante de sua maior festa tradicional o feijão fest. Bem como perceber o quanto a cidade vem se desenvolvendo turisticamente. Levando em conta também os impactos ambientais causados pela falta de orientação ou de uma política voltada para esse fim.

 

 

Palavras - chave: política, feijão fest, cultural,turismo impacto ambiental

 

01-  Introdução

 

O presente artigo visa analisar os impactos econômico, ambiental e cultural do município de Fátima resultante de sua maior festa tradicional o feijão fest.

Na atualidade, é cada vez mais freqüente falar de desenvolvimento local baseado no turismo, e são muitos os territórios que estão protagonizando processos de recuperação e expansão econômica, graças à extraordinária evolução que está vivendo este setor. Historicamente o turismo mostrou a sua grande flexibilidade e versatilidade, ocupou posições relevantes nas economias locais e, soube satisfazer e adaptar-se às demandas do constante fluxo que o torna possível: o movimento das pessoas.

Não diferente deste contexto a cidade de Fátima no estado da Bahia se insere neste cenário na busca de desenvolvimento econômico alternativo mesmo que temporário a traves das manifestações culturais a exemplo do feijão fest.

 

02-  Breve histórico do atual município de Fátima.

Fátima é um município brasileiro do estado da Bahia.  “Localiza-se a uma “latitude 10º36’00” sul e a uma longitude 38º13’00” oeste, estando a uma altitude de 100 metros. Segundo o IBGE sua população em 2010 é de 17.652 Área da unidade territorial (Km²) *Licenciando em Geografia, VI Período Pela Universidade Federal De Sergipe   

 359,402. Densidade demográfica (hab/Km²) 49,11habitantes, com uma PIB per capita a preços correntes  2.909,82  Reais. Faz parte da Mesorregião Nordeste Baiano Microrregião Ribeira do Pombal.  Municípios limítrofes Cícero Dantas, Heliópolis, Adustina e Antas em território baiano. Poço Verde em território sergipano. Distância até a capital 319 km. Tornando-se independente do município de Cícero Dantas em 1985. Após uma historia que começara a muito tempo.  

Desbravadores corajosos e ansiosos para cruzarem paisagem rotas e avançarem caatinga inóspita rumo ao sertão da Bahia deram origem ao lugarejo, vila, que mias tarde veria ser o atual município de Fátima.  A ocupação e povoamento, através das concisões de sesmaria como meio de distribuição de terras, da pecuária como meio de expansão para o interior e da industrialização da produção de alimentos como garantia de auto-abastecimento e fixação a terra. Muito contribuíram para a agregação de pessoas e a consequente formação do município. (KLEWERTON, 2011)

Fátima é uma pequena cidade, que tem como característica principal a hospitalidade de seus moradores, fato que se reflete na grandiosidade da sua mais importante manifestação culturais e folclóricas, a exemplo do feijão fest evento que se destaca no calendário festivo do município, onde se pode encontrar turistas de varias partes do Brasil, com destaque para os sergipanos.

Como toda cidade pequena e do interior especificamente do nordeste não há recursos naturais que possa oferecer, nem um atrativo turístico, entretanto partindo do entendimento que toda atividade turística é caracterizada pela visita temporária como bem explicitada no texto a seguir:

O turismo é uma prática social que consiste no movimento espacial de uma ou mais pessoas do lugar de residência permanente em direção a outro lugar em que serão visitantes ou hóspedes, onde devem permanecer por um período de, no mínimo, 24 horas. Num lugar turístico, desfruta-se da hospitalidade dos anfitriões com os quais partilham os espaços de contemplação visual, estética e cultural de seu patrimônio, bem como dos equipamentos de lazer disponíveis. (santos, 2010)

 

Partindo deste contexto a cidade de Fátima, Bahia, oferece como forma de lazer e manifestação cultural a festa do feijão denominada como FEIJÃO FEST normalmente no mês de setembro.

 

 

03-  Impacto econômico, social e ambiental

O objetivo é celebrar a colheita do feijão e divulgar a região como grande produtora do grão que “possui importância social e econômica destacável, representando uma importante fonte de renda para produtores e trabalhadores rurais, sobretudo nos anos em que os preços dos outros produtos cultivados estão baixos”. (WANDER, 2005) A colheita de feijão em Fátima é uma das atividades que mais mobilizam a mão-de-obra temporária agrícola, o que gera a esses trabalhadores um bom dinheiro pelos serviços braçais e mecanizados prestados, eles compram acessórios tais como vestuários, calçados entre outros nas lojas locais de diferentes ramos e durante a festa “celebração” eles gastam toda a sua economia, assim econômica do município cresce periodicamente, consideravelmente.

 

Em relação ao sistema de comercialização é o mais variado possível, com predomínio de um pequeno grupo de atacadistas que concentra a distribuição da produção, gerando, muitas vezes, especulações quando ocorrem problemas na produção. Com a informatização, os produtores têm maior facilidade de acesso às informações de mercado, criando melhores possibilidades de comercialização do produto e, conseqüentemente, gerando maior renda. (WANDER, 2005)

 

Voltando ao assunto do feijão fest, dentro da programação do evento são realizadas diversas manifestações artísticas culturais tais como apresentações de artistas da terra, escolhas da rainha do milho e príncipe do feijão, apresentações de blocos, animados por trio elétricos o que vem atraindo turistas de toda região e adjacência, a traves destas manifestações é possível perceber que apesar de viver em uma região muitas vezes sofrida pela seca e pelos descasos políticos “A música serve de comunicação onde os homens podem expressar seus sentimentos pessoais ou coletivos em relação ao espaço em que vivem”. (BOUDOU, 2011. P. 87) valem ressaltar que o poder público municipal, muitas vezes usam essas festas para se alto promover politicamente e o próprio povo os analisa a partir das atrações que eles contratam, quanto maior, no sentido popular for à atração artística maior é a provação eleitoral destes governantes.

E a população muitas vezes alienada sem, ou, nem uma preocupação com o espaço no qual ele está inserido no que diz respeito à preservação ambiental contribuem de forma agressiva,  se importando apenas em se divertir, segundo j. Wellington 2011. Essa falta de interesse pelo meio ambiente limpo e conservado é um problema bem mais antigo:

Durante a primeira e a segunda revolução Industrial não havia uma preocupação clara e abrangente sobre a necessidade proteção ambiental. Nesse momento o movimento ambientalista girava basicamente em torno da discussão dual entre preservacionistas e conservacionistas. A cidade se tornou ao mesmo tempo o espaço da produção, das inovações e da contaminação ambiental e por isso  nesse momento se desenvolveu a idéia de campo em oposição à cidade: zona rural como sinônimo de lugar bucólico e, em contrapartida, a cidade como lugar dos vários tipos de poluição.

 

É notório que essas atividades têm causado impactos positivos e negativos, positivos; porque gera emprego e renda, a prefeitura se preocupa com a infra-instrutora básica, entre outras melhorias especialmente para festa para melhor acolher os foliões essas melhorias permanecem e os cidadãos locais usufruem posteriormente, seguimentos da sociedade civil bem como o comércio local envolvem-se em diferentes atividades propulsionando oportunidades da exploração, por exemplo, do artesanato, comidas típicas entre outro, familiares inteiras alugam suas casas por dois ou três dias por um preço dez vezes maior que um aluguel normal, desta forma a comunidade participa ativamente. Propõe todo um catálogo de benefícios sociais, econômicos, ambientais e culturais. Como bem expressa santos, (2010, p.84)

Assim, a atividade turística tem a capacidade de ser uma estratégia importante para qualquer economia local, regional ou nacional como una ferramenta poderosa que pode gerar empregos e renda, uma vez que tenta promover certa sustentação através das relações entre os vários setores públicos e privados, comunidades locais e governo.

 

Contudo, temos que ser conscientes que esta atividade, se for mal planificada, e se esquece a intervenção dos atores locais em todas as fases do processo, pode envolver determinados riscos e, por conseguinte, provocar efeitos nocivos e irrevocáveis para o desenvolvimento territorial.

Os impactos negativos se observam no que se referem ao lixo deixado pelos foliões e das barracas de vendedores ambulantes, não há coleta seletiva, nem sempre são recolhidos e colocados em locais propícios, por exemplo, não é feita a coleta de matérias recicláveis o que causa danos ao solo, outra observação são com os banheiros públicos, os locais onde são instaladas as barracas em fim são danos que prejudicam o meio ambiente.

Os impactos do meio físico podem modificar a atmosfera, a água e o solo, contribuindo para alteração de processos atmosféricos, hidrológicos e geomorfológicos. Por sua vez, os impactos vinculados ao meio biológico podem afetar a flora e a fauna e modificar processos biogeográficos. Já no meio antrópico os efeitos podem gerar problemas para nós seres humanos. (j. Wellington 2011. p.88)

 

O mundo se move hoje a partir de uma contradição clara: considera-se a necessidade da conservação, mas ao mesmo tempo se deseja manter o ritmo de crescimento do comercio, das indústrias e das manifestações culturais, melhorarem o status econômico projetado e alcançar-lo a qualquer.

Essa equação não consegue uma solução adequada e por isso continuam em escala crescente os impactos territoriais e a degradação ambiental. Cada vez são mais numerosas e de maior magnitude os problemas ambientais associados de maneira direta ou indireta ao espaço onde são promovidas essas manifestações culturais.

Percebesse que se insistirem com o atual modelo de organizarem o feijão fest naquele espaço,  sem uma providencia segura e acompanhada por órgãos competente dando suportes pra que não prejudique  o desenvolvimento insustentável a situação pode alcançar um limite irreversível ampliando assim o desperdício energético, a contaminação atmosférica em geral e a degradação urbana em particular.

 

Depoimentos de foliões.

Anônimo disse...

“não tem pra ninguém essa festa vai ser de mais adão negro vai sacudir a cidade, valeu Fátima por esse presente”

30 de julho de 2010 10:59

 

 

Anônimo disse...

“Fátima meu berço amigo, minha terra meu lugar é você o meu abrigo, para seu projeto lutar... monte alegre do passado, monte alverne da esperança, vila de Fátima do futuro, minha Fátima tão criança... só faltou nesta festa um cantor da jovem guarda para os mais velhos ele também precisam curtir... em 2012, Fátima é NEGO”

11 de agosto de 2010 20:02

Anônimo disse...

Amei as atrações! Não sou de Fátima, moro em Paulo Afonso...  e estarei ai curtinho a sexta e sábado, principalmente a Banda Cheiro de Amor e Forro dos Plays !! Parabéns Prefeito.

22 de agosto de 2010 17:26

 

 

Conclusão

É notório que a cultura é a gênese, evolução e difusão que contribuem para o entendimento das relações do homem com o meio em que este vive. Tomamos como exemplo o forró, “feijão fest” as bandas de pífano e o axé, que de maneira diferente ilustram identidades e nos fazem imaginar o espaço vivido do enredo. Neste contesto o respeito pelo meio-ambiente e a cultura local, são as condições indispensáveis para fazer do turismo uma atividade sustentável, mas não exclusivamente. O consenso e o diálogo a nível local são os apêndices precisos que devem ser impulsionados entre todos, para que o desenvolvimento econômico, plitico e social, sejam uma realidade a consolidar a médio e longo prazo.

 

BIBLIOGRAFIA:

https://klewerton.spaceblog.com.br/1147482/A-historia-da-minha-cidade-fatima-bahia-vite-fatima-vc-tbm/ Acessado em 17/07/200 as 8:31

https://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1/ Acessado em 17/07/200 as 8:31

SANTOS, Cristiane Alcântara de Jesus -  Copyright © 2010, Universidade Federal de Sergipe / CESAD.

WANDER, Alcido Elenor - Engenheiro Agrônomo, Ph.D. em Economia Agrícola. Pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão. Sistemas de Produção, No. 5 ISSN 1679-8869 Versão eletrônica
Dezembro/2005

j. Wellington 2011