V SEMINÁRIO INTERNACIONALDE PESQUISA EM EDUCAÇÃO
13 a17 de maio de 2012 / UNIT
RELATORIO DE ESTAGIO: EXPERIÊNCIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA E OS NOVOS DESAFIOS DO DOCENTE
GT2 - Formação de professor e educação de jovens e adultos.
*Autor: José Almeida dos santos
**Co- autoras: Rudycley Patrício Florentino
Resumo:
O presente artigo traz uma síntese de experiências vivenciadas em sala de aula como parte de atividades do Estágio Curricular Supervisionado II. Constitui-se dentro das exigências curriculares, campo privilegiado para o exercício pré-profissional em que o estudante de graduação interage diretamente com o ambiente de trabalho e desenvolve atividades fundamentais, profissionalizantes, programadas, avaliáveis em créditos e conceitos, com duração e supervisão estabelecidas por Leis e Normas. Nestas perspectivas, foram observadas as atividades de aprendizagem social, cultural e profissional. A presente investigação científica teve como objetivo observar e aplicar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas, bem como confrontá-los com a prática pedagógica propriamente dita, buscando firmar um aprendizado significativo. Relata-se uma discrição minuciosa dos aspectos físicos da escola, do corpo docente e discente bem como do corpo administrativo e as práticas pedagógicas aplicadas.
PALVRAS CHAVES: Experiências, Ensino de Geografia, Educação.
Summary:
This article presents a synthesis of experiences in the classroom as part of curricular activity Supervised II. It consists in the curricular demands, privileged field for the pre-professional year in which the graduate student interacts directly with the work environment and develops fundamental activities, vocational, programmed, valued in credits and concepts, with duration and supervision established by laws and Regulations. In these perspectives, we observed the activities of social learning, cultural and professional. This research aimed to observe and apply the knowledge acquired in the subjects studied and compare them with the pedagogical practice itself, seeking to establish a meaningful learning. We report detailed a description of the physical aspects of the school, faculty and student body as well as administrative and pedagogical practices applied.
* Graduando pela universidade Tiradentes (UNIT)
Graduando em geografia
J_.3000@hotmail.com
** Graduando pela universidade Tiradentes
Graduando em historia
rudypazbem@hotmail.com
1- INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado II foi realizado no 6ª ano do ensino fundamental turma A do turno matutino da Escola Estadual de ensino fundamental Epifânio Doria, localizada a Rua Jose Rodrigues de melo, 129 no bairro Fazendinha na cidade de Poço Verde SE, (pólo). Estado de Sergipe. As atividades desenvolvidas na escola durante o processo de estágio computou, carga horária total de 19 horas e 05 minutos teve início no dia 07 de novembro e terminou no dia 02 de dezembro de 2011, com carga horária específica semanal de 2 horas aulas, distribuídas da seguinte forma: Sextas-feiras, 02 (duas) aulas essas ministradas nos primeiros horários; ou seja, das 07h40min às 09h20min horas, além de atividades como abertura dos jogos internos, observação da escola, entrevista com alunos e funcionários, fotografar os espaços entre outras, onde estivemos presente desde as 08h00min as 13h00min observando e coo-participando das atividades ali desenvolvidas, como pode ver no anexo controle de atividades.
Localização da escola/FONTE: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&biw=1024&bih=586&gbv=2&q=luis%20alves%20III%2C%20SAO%20CRISTOVAO%20SERGIPE&gs_sm=e&gs_upl=466682l478734l0l37l37l0l23l0l0l386l3437l1.4.3.6l14&ie=UTF-8&sa=N&tab=il
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Conforme estabelecido no material impresso anexo (CESAD, P.28) No Estágio Supervisionado II as atividades nesta fase consistem, principalmente, em debater tema e conteúdos programáticos que norteiam e discutem acerca do cotidiano escolar no ensino fundamental. Essas atividades têm a intenção de promover ao estudante para a prática do estágio. Meneses (CESAD, 2010. p16) acrescenta que “A partir dessa prática, busca-se
favorecer a vivência e promover o desenvolvimento, no campo profissional, dos conhecimentos teóricos e práticos adquiridos no curso, assim como, proporcionarem a ampliação do universo cultural dos estagiários diante da diversidade de campos de estágios”.
Este relatório é composto da descrição das observações e das experiências vivenciadas no período de pratica docente do estagio II em sala de aula, “Os alunos estagiários a partir do II estágio assumirão as salas de aulas do 6° e 7° anos do ensino fundamental como docentes desses níveis da educação” Meneses (2010).
As observações deste trabalho refere-se ao processo em sala de aula, como também, do ambiente escolar como um todo. Dentro deste pressuposto, procurou-se conviver e observar uma forma de direcionar a prática pedagógica como uma ação sustentada em fundamentos que englobam uma linha filosófica de aprendizagem e sua efetividade. Nessa direção faz-se necessário a discussão teórica que subsidiará a prática. A proposta para esta disciplina é contribuir para a preparação do estagiário no desenvolvimento de suas atividades na instituição cedente, bem como do material didático pertinente, a fim de pensar rumos para a sua prática docente. (CESAD, 2010.)
2 - REVISÃO DE LITERATURA
A segunda etapa do Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em geografia, percebe-se que a necessidade de uma experiência prática se faz necessário, por foi possível aplicar grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo dos períodos anteriores com os princípios teóricos estudados, neste momento, aliou-se a teoria à prática, demonstrando, assim, o quanto é enriquecedor e importante esta etapa na formação acadêmica e profissional do futuro docente.
São notáveis os grandes desafios da Geografia na atualidade de tornar o mundo mais compreensível para o aluno a partir do seu espaço vivido. ‘Trata-se de uma geografia que concebe o espaço geográfico como espaço social, construído, pleno de lutas e conflitos sociais’.
A geografia se fará diferente de acordo com o problema enfrentado e o engajamento do sujeito do conhecimento. E o ensino é cheio de desafios novos que qualquer modelo pronto vai ignorar E se o professor não raciocinar em termos de "ensinar algo", e sim de "contribuir para desenvolver potencialidades" do aluno, ele verá que o conhecimento também é poder, serve para dominar ou combater a dominação, e que o educando pode e deve tornar-se co-autor do saber (com estudos participativos do meio, debates freqüentes, textos e conteúdo adequados à realidade social e existencial dos alunos, etc.). (W.Vicentine.2008)
Levando em conta de que o aluno não é um mero agente passivo do conhecimento, e sabido que eles se relacionam e trocam informações e idéias pertinentes e enriquecedoras do meio que o cerca, Marilena chauai, (1981) diz que “Não é qualquer um que pode dizer qualquer coisa a qualquer outro em qualquer ocasião e em qualquer lugar”. Neste sentido vicentine nos permite entender que o aluno nunca pode ser colocados como receptáculos passivos do saber, e o professor como um transmissor de conhecimentos elaborados por "especialistas" e selecionados pelo Estado, pelos "competentes técnicos da educação" que sabem melhor que o professor o que convém ou não a seus alunos (mesmo que nunca os tenham visto). Cada individuo neste caso aqui o aluno traz consigo conhecimentos culturais adquirido na sua comunidade, do grupo, da vivencia, dos meios de comunicação
Que a todo o momento atualiza as informações e fatos o corrido no em todo o mundo, conforme descrita por Vicentini (2008)
E na realidade o professor nunca irá "conscientizar" ninguém, mas no máximo contribuir para que determinadas potencialidades do educando (a criticidade, a logicidade, a criatividade) se desenvolvam. Esse desenvolvimento, entretanto, não é fruto de ensinamentos do professor, no sentido de "ensinar a ser crítico", mas sim o resultado do aprendizado do aluno, do seu esforço nas discussões, elaboração de atividades, leitura de textos, etc. E, principalmente, da relação entre o conteúdo a ser estudado e a sua vida, os seus problemas e os do mundo onde vive.
Diante do exposto o correto, seria o próprio professor elaborar seus textos, implementação de atividades que contribuem para desenvolver personalidades críticas e com o uso de estudos participativos do meio, de debates freqüentes sobre temas cruciais, etc. a partir do conhecimento da realidade de seus alunos e procurar fazer com que estes sejam co-autores do saber. Entretanto, isso de fato se torna cada vez menos possível de ser efetivado. Os baixos salários, o grande número de aulas que são obrigados a assumir para tentar aumentar seu orçamento, a elevada quantidade de alunos por classe e a ausência quase total de participação e apoio dos pais ou responsável pelos educando, a dispersão e a falta de vontade a violência verbal dos alunos entre se e a pouca contribuição com o trabalho docente etc. são fatores que muitas vezes levam o professores a adotar acriticamente livros didáticos, já que com eles pode-se ter "menos trabalho" com as lições. O professor frente a toda essas situações no pode ser indiferente, pois é sabido que “a situação presente da geografia é de indeterminação, de um leque de possibilidades no qual o futuro não está decidido a priori, mas dependerá em boa parte das nossas opções e práticas”. Vicentini (2008). Neste contexto o professor mais que nunca deve está antenado para tornar suas aulas atrativas e coerente com a realidade muitos conteúdos deixaram de ser necessários quanto no passado temas agora irrelevantes, os meios de comunicação de massas se encarregam de mostrar fotos, imagens, textos e acontecimentos dos diversos rincões do planeta de maneira mais ágil e atrativa que o discurso geográfico tradicional.
Ainda nesta perspectiva Vicentini (2008) a firma que o professor pode utilizar
A cultura corporificada em obras — seja em forma de livros didáticos ou paradidáticos críticos, de textos de livros didáticos ou paradidáticos críticos, de textos produzidos ou selecionados pelo professor, de bons filmes e peças de teatro, de artigos jornalísticos, etc. — para colocar o estudante em diálogo com o pensamento e o real, diálogo no qual o docente é mediador (daí o bom professor ser sempre o que aprende ensinando) e não porta-voz do saber ou da realidade, e no qual não há nenhum livro ou autoridade teórica que seja titular da verdade, mas apenas obras datadas que expressam de uma certa forma uma práxis cultura sempre possível de ser relativizada e superada.
3 - CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
O Decreto de criação da escola de 1º Grau Epifânio Dória foi em 3944 de 30/30/1977,o Ato de Autorização e Funcionamento tem como Resolução o nº 272/93 de 17/06/1993 e o Ato de Reconhecimento 074/2006 com o nº 074/2006 de 09/03/2006. Sendo fundada em 30/12/1977 no governo de José Rollemberg Leite. Tendo como o 1º diretor o professor João de Oliveira que teve inicio em março de 1978 assumiu sem remuneração porque ele já era diretor do Grupo Escolar Sebastião da Fonseca, alguns meses ele passou a direção para a senhora Josefa Ávila de Almeida Silva. Ela assumiu em 21 de novembro de 1978. No ano seguinte teve o 1º desfile de 7 de setembro.Ela assumiu 16 anos sendo exonerada do cargo em 1994.Depois vem a diretora Josefa Eulina ,Luiz Carlos “Lula”(4 anos), Josefa Ivone (4 anos) , Givanice Maria (1 ano),e finalmente em setembro de 2008 foi entregue a direção para Carlos Henrique Duarte Acioly ate o presente momento. Em 2002 a Escola foi Reconhecida como Escola Estadual Epifânio Dória. A antiga escola entrou em reforma no mês de dezembro de 1999. E até hoje ela não foi concluída.
Vista frontal do prédio escolar Claudionor Santana, onde funciona a escola Epifanio
Doria, Dezembro de 2011.fonte: acervo do autor
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Em janeiro de 2000 passamos para a Escola Estadual Claudionor Santana (localizada no bairro da Fazendinha) que nem tinha sido inaugurada, quando o governador Albano Franco veio para inaugurar encontrou a Escola Epifânio Dória bem instalada ate os dias de hoje. Isso aconteceu na direção de Luiz Carlos.
O Patrono da Escola era um Escritor e Jornalista em Aracaju onde com o brilho de sua inteligência se tornou secretário perpétuo do Instituto Geográfico e Histórico de Sergipe.
Dirige a Biblioteca Pública do Estado Depois foi secretário do Estado Em idade avançada ainda escreve “Efemeridas Sergipanas” na imprensa da capital que são subsídios valiosos para a história sergipana.
A referida instituição está composta administrativamente por apenas um diretor nomeado pelo o executivo, esse conta com a colaboração dos professores, vinte um (21) o quadro dos profissionais está completo todo com formação superior e especialização em áreas afins, com carga horária máxima de 160 horas; agentes administrativos e ou coordenadores, agentes de serviços básicos dezoito (18).
Laboratório de informática da escola Epifanio Doria,
Dezembro de 2011.fonte: acervo do autor
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O prédio foi construído para a finalidade escolar, observa-se que a fisionomia da escola esteja bem conservada (pintura das paredes), bem com toda sua a infra-estruturar sua estrutura física conte com um amplo espaço para recreação bastante refrigerada, refeitório, banheiros; masculino e feminino, oito no total, “sendo assim, torna-se
perceptível as excelentes condições estruturais, com qualidade acima de outras ambientes no que se refere à preocupação da higienização e limpezas no espaço interno”.(GIZELDO,2006).
Possuem um espaço alternativo porem adequado a realidade, oito salas de aulas com carteiras suficientes para os alunos, todas com boa condição de uso e iluminação de boa qualidade, sala da secretaria, biblioteca e laboratórios de informática esse ultimo são dois uma vez que um é do cesad e outro da própria escola; quanto à biblioteca o seu acervo é bastante diversificado com volumes de livros didáticos bem acentuados, o setor pedagógico conta com recursos tecnológico tais como uma quatro TVs, de 20 polegadas, três Vídeos cassetes (DVDs), três data show, duas caixas de som amplificas, três PC, CDs e DVDs, virgens disponíveis bem como uma variável de matérias pedagógica todos adquirido pelo PDE e outros programas do governo; o uso destes recursos se da de maneira freqüente sendo agendados pelos professores e o setor responsável (direção); Existe ampla quantidade de livros fornecidos pelo MEC, bastante utilizados pelos professores como recurso, outro recurso importante é o uso freqüente de PC portátil fornecido pelo governo federal através do programa um computador por aluno o que facilita muito as pesquisas online.
Em relação às praticas esportivas são desenvolvias pelos professores de educação física e com a colaboração do programa segundo tempo atividades essas desenvolvidas na quadra de esportes a céu aberto dentro do espaço da escola precisando de uma reforma com urgência. É notável que haja uma relação harmônica entre funcionários dos diferentes setores interno do estabelecimento o que é indispensável para um bom funcionamento.
O setor pedagógico faz planejamento mensalmente em parceria diretor, coordenador e professores eles pensam e viabilizam didaticamente melhorias para o desenvolvimento pedagógico tais como Projetos temáticos Calendário escolar Organização de horário das aulas etc. A relação escola-família é amigável sempre estão em contatos através de reuniões espaço de diálogo, horário de atendimento de Professores e pais
A escola possui apenas uma entrada e estar sempre é vigiado e existe uma pessoa encarregada pela inspeção e observação da área escolar esse trabalho é feito pelos próprios vigias.
Sala Da Coordenação, Escola Epifanio Doria , Dezembro De 2011
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Espaço recreativo, Escola Epifanio Doria , Dezembro De 2011
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4- CORPO DISCENTE
A escola é uma realidade que no foge a tantas escolas espalhadas pelo mundo a fora com seus ajustes e reajustes na tentativa de melhorar a qualidade e quantidade, muitas vezes os desafios maiores que os desafiadores:
Então, a escola enquanto instituição social está inserida nessa realidade através da qual sofre e exerce influência. Ela não se encontra de forma neutra frente às interferências do poder político, do conhecimento científico e do desenvolvimento da tecnologia. SCORZONI,
Localizada uma cidade do interior onde sua população é carente, o acesso a educação quase sempre se dá de maneira lenta e tardia, apesar desses fatores a maioria dos alunos estão dentro da idade – serie. Os alunos têm uma faixa etária média de 11 a 13 anos, todos moram no perímetro urbano de Poço Verde, no sexto ano, turma A foram matriculados 38 alunos, sendo que 01 ( um) desistiu durante o ano letivo e hoje 37 alunos frequentam as aulas. Cada aluno matriculado na Escola Epifânio Dória recebe os livros didáticos referentes às disciplinas de português, matemática, ciência, história e geografia e um tabelt que vão acompanhar o aluno no processo ensino-aprendizagem durante todo o ano letivo.
A instituição tem uma característica de faixa etária definida e modula está distribuída em dois turnos matutino, vespertino da seguinte forma:
Matutino
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Vespertino
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1º Ano A = 17
2 º Ano A = 24
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7º B ano = 30
7º C A no =21
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2º Ano A = 24
3º Ano A = 23
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8º Ano A = 36
8º Ano B = 37
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4º Ano A = 33
5º Ano A = 45
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9º Ano A = 33
9º Ano B = 34
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6º Ano A = 37
6º Ano B =35
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9º Ano C = 34
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7º Ano A =37
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Total = 275
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Total =225
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Total geral = 500
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A escola possui alunos com idade média de 6 a 22 anos, 500 matriculados, sendo
99,8% destes alunos freqüentam as aulas normalmente e 2% são transferidos ou evadidos.
O perfil sócio-econômico é bem diversificado, mas a maior parte dos alunos encontra-se situada na renda mínima; aproximadamente 60% e depende de programas da bolsa escola, bolsa família e ajuda na aquisição de materiais escolares subsidiados.
Possuir pessoa com de necessidades especiais, a escola apresenta uma estrutura física adequada, em boas condições, assim como os móveis nela contidos.
Como já frisado a clientela da instituição é composta por alunos que residem neste bairro e adjacentes e ainda assim necessitam de transporte escolar para chegar à escola.
5-A PRÁTICA PEDAGÓGICA E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
Embasado na Portaria nº 5957/2008 de 26/12/2008 – Art. 10 § 1º - É facultado à Unidade Escolar propor calendário diferenciado do calendário padrão, para atendimento às peculiaridades locais, inclusive as decorrentes de reformas e/ou ampliação, desde que seja preservado o mínimo de 200 dias letivos e a carga horária obrigatória integrante dos currículos “Um ensino eficiente requer planejamento, avaliação inicial e contínua e uma seqüência lógica que leve à construção do conhecimento.” (Julia Priolli)
O Projeto Político Pedagógico se encontra com a direção à disposição dos professores e também da comunidade.
O Planejamento Anual indica as diretrizes da relação dos conteúdos, objetivos e metodologias para a execução de cada disciplina.
O Plano de Unidade é elaborado no final de cada unidade, e os professores se reúnem a cada mês pra discutir, avaliar e planejar novas ações e metas com a orientação da direção e participação dos professores. Aí se faz reflexões sobre a prática educativa, questionamentos em relação aos altos índices de evasão escolar características do turno da noite, suas origens e motivações. Com o termino do semestre, fica para o próximo o desafio de reavaliar e encaminhar sugestões para a mudança da situação.
(...) o processo de ensino-aprendizagem que ocorrerá de forma contínua e cumulativa utilizando-se dos seguintes instrumentos: Prova escrita, que valerá até 5,0 pontos; e os demais 5,0 pontos serão distribuídos a critério dos professores e serão avaliados através de debates ou seminários; trabalhos de pesquisa individual e ou coletiva; e, resolução de exercícios na escola e ou extra-classe; somando-se no total de 04 tipos de avaliação, visando melhor acompanhar a evolução no processo de ensino-aprendizagem dos nossos alunos;
A Recuperação Semestral será ofertada a todos os alunos que estão com média semestral abaixo de 5,0 (cinco) pontos, prevalecendo assim, a maior nota entre a média do semestre e a nota obtida nas avaliações da Recuperação Semestral;
Os projetos desenvolvidos possuem registro de elaboração, e ficam arquivados em pastas especificas durante e depois da execução são constados nos diários embora não há hábitos de relatórios realizados pelos docentes, entretanto nos encontros de planejamento como já fomentado é avaliado os eventos, os projetos realizados e documentados em atas o que foi discutido.
Durante o planejamento com o professor titular percebi que ele sempre trabalha os conteúdos específicos e complementares, sempre prevendo aos recursos a serem utilizados e como seriam utilizadas, bem como sempre mencionam as referências bibliográficas consultadas.
Observei também que Existem alguns recursos visuais, além do quadro de giz. Como: data show, caixas de som, DVD, micro-sistem, papel metro entre outros... Conseguidos a partir de PDE, e são bastante utilizados pelos professores.
Durante o desenvolvimento das atividades desenvolvidas nas aulas de geografia a qual nós participamos como côo-particpação docente logo no início da primeira aula o professor precisou de quinze minutos para conseguir a atenção dos alunos, pois os mesmos estavam dispersos conversando bastante, com celulares e usado seus tabelts. Depois o professor nos apresentou para turma, falando que nas próximas aulas de geografia serão ministradas por dois estagiários. O professor Edmilson destacou o conteúdo da aula passada (Como se formaram os continentes da Terra), e baseado no conteúdo passou uma pesquisa que poderá ser feita em dupla ou em trio, onde os alunos vão pesquisar em jornais, revistas ou na internet notícias sobre terremotos ocorridos em lugar do mundo, através da pesquisa proposta os alunos vão escolherem uma das notícias e responderão as questões propostas.
Na segunda aula o professor abordou outro conteúdo (Os continentes), essa aula foi explicativa com a participação de alguns alunos, onde o professor fez alguns questionamentos orais como: O que vem em sua mente a palavra continente, quais são os continentes, os continentes são cercados por água, entre outras. Além desses questionamentos, o mesmo ressaltou a importância de estudar os continentes separadamente. Percebi que alguns alunos interagem com o professor fazendo perguntas sobre o tema, enquanto os outros estão brincando com os colegas e usando seu tabelt, mas com seu jeito calmo o professor conseguiu contornar a situação e passar o conteúdo proposto em seu planejamento, perto do fim da aula marcou a prova para o dia 09/12, e que os alunos estudem as páginas 52 a 57 e das 66 a 71, o professor encerrou a aula com a chamada. Percebemos assim que o professor está seguindo alinha pensada por krootkin, citado por W.Vecitini:
Um ensino crítico implica atualização constante, leitura rotineira de importantes obras da disciplina (e das ciências sociais em geral), evidentemente dentro das possibilidades e motivações do docente. Implica também o hábito de ler cotidianamente, e de forma crítica, bons jornais.
e (BUENO, 2009) citado por SCORZON (CAESOS EERP/USP) “Neste contexto, o papel do professor é de mediar à busca do conhecimento pelo aluno no intuito de estimular sua curiosidade e aprimorar suas habilidades em elaborar soluções criativas para transformar a realidade social, da qual, faz parte”.
6. PRATICA DOCENTE
Foi uma experiência bastante interessante, a troca de experiência, sobre tudo numa turma de uma cidade diferente. Foi um momento muito enriquecedor para todas as partes envolvidas, pois, é onde professores, nós os estagiários e alunos nos encontramos mais uma vez, então é natural que haja um clima novo, de novidades, desenvolvemos juntos aos alunos atividades inovadora com uso de dinâmicas e tecnologia ( datashow ) onde pode ser possível fazer uma leitura e revisão dos conteúdos dados anteriormente pelo professor regente. Desenvolver atividades com uso de dinâmica concretiza o que foi dito Socorro (CESAD, 2010 p.97). “As dinâmicas a serem realizadas também devem fazer parte dos procedimentos, de forma que seja feita uma descrição sumária do que será realizado”. Foi possível perceber que esse tipo de atividade despertou um interesse em participar uma vez que as dinâmicas no eram estáticas os alunos teriam que se locomoverem de seus lugares para se colocarem na colocação da resposta correta, ambas as dinâmicas tinham como objetivo avaliar a leitura, a percepção, o raciocínio rápido e a coordenação motora e corporal bem como o trabalho em grupo e individual.
Essas etapas do Estágio Supervisionado II foram importantes e enriquecedoras, mas nenhuma delas se compara aos momentos mágicos vividos numa sala de aula, com uma grande quantidade de adolescentes com o hormônio a flor da pele, requer muito do professor regente e dos estagiários que vivenciamos na pratica toda a dialética educacional, os problemas próprios de sala de aula, agitação da minoria dos alunos, as pejorativas, entre eles. Apesar disso tudo foi muito prazerosa a troca de conhecimentos, a atenção que disponibilizaram cada um do seu jeito, para melhor compreensão dos assuntos e dos temas abordados, embora uma pequena parte, ou seja, dois (02) ou três (03) alunos que em alguns momentos precisaram ser chamados a atenção por parte do professor Edmilson que contorna a situação com paciência e educação.
Observamos que o retorno foi satisfatório não apenas pelo aprendizado, pelos gestos de aceitação, pelo retorno dado a cada atividade aplicada em sala de aula, via-se que a recíproca era verdadeira,
O professor colaborou bastante com as aulas diferenciadas que despertavam a curiosidade e atenção dos alunos; percebeu-se também o interesse gradativo, a interação com os assuntos abordados e a relação de amizade com nós estagiários, especialmente com Ronivon, por ser mais comunicativo. As atividades dadas em sala de aula, as pesquisas encomendadas foram realizadas todas com êxito por parte dos discentes, percebemos que há persistência do professor Edmilson com o apoio da direção. Foi possível criar em tão pouco tempo um laço afetivo, de respeito, fato que proporcionou harmonia no processo de ensino-aprendizagem bem como o reconhecimento do trabalho, empenho e profissionalismo o que nos deixou bastante satisfeitos. Netas perspectiva vicentine (2008) nos afirma que:
Uma nova prática educativa na qual não apenas se reproduz, mas de fato se produz saber, na qual professores e alunos recriam textos escritos e demais obras culturais e tornam-se afinal co-autores de conhecimentos geográficos; onde se deve retomar sob outras bases (que não as "oficiais") o estudo do meio — com estudos participativos do meio, integrados aos problemas da "comunidade" local — e as "experiências" e "histórias da vida" do aluno, incorporando-as à nossa estratégia pedagógica.
Ainda nas palavras do autor:
Já o professor que operacionaliza um ensino crítico, apesar da "desvantagem" (para alguns) de ter que ler mais e se atualizar, sempre logra despertar muito mais o interesse e a participação dos alunos, colhendo assim frutos mais gratificantes — fato que ocasiona menor desgaste psicológico com o exercício do magistério. Afinal, implementar um ensino crítico de geografia consiste numa subordinação do método à práxis, numa revalorização da atividade docente: de simples "técnico" ou "dador" de aulas, o professor reencontra a sua vocação perdida, como intelectual e como pensador engajado no seu tempo.
Analisando o texto citado e fazendo uma comparação nos momentos vivenciado em sala de aulas nos dar de certa forma uma autoconfiança e esperança de que ainda vale a pena dar continuidade no curso no sentido de contribuir para a formação de novos cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade.
7- CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS
O resultado superou as expectativas uma vez que as partes envolvidas, professor-regente, alunos e estagiários, saíram satisfeitos.
Analisando o estágio como um todo não foi difícil realizá-lo, pois, pelo fato de tratar-se de uma turma e um professor com muitos anos de regência e detentor de dinâmicas e sobre tudo de uma amizade solida com a turma o que se torna notável o controle e atenção em relação às aulas aplicadas o que ajudava a melhorar cada vez mais o trabalho em sala de aula. Alem disso, não foram encontrados problemas no decorrer da observação fato que culminou no sucesso deste Estágio.
Desta forma, compreende que o que facilita o processo de ensino aprendizagem pode-se dizer a princípio que é a inteiração professor aluno, sendo fundamental para a construção do conhecimento, levando em consideração os aspectos afetivos, sócio cultural, o que contribui no fazer da ação pedagógica nas praticas educativas.
8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MENEZES, Sônia de Souza Mendonça. Estágio Supervisionado em Ensino de Geografia. Gicélia Mendes da Silva -- São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2010.
WILLIAM, Jose Vesentini. Professor Livre Docente do Departamento de Geografia da FFLCH da Universidade de São Paulo
Marilena Chauí, Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas (São Paulo, Moderna, 1981).
RABELO, Gizeldo Santana. Estagiário em graduação de geografia, 2006. FGV.
SCORZONI, Marília Ferranti Marques ¹ 1-Educadoras, especialistas em Gestão Educacional; Membro efetivo do grupo de pesquisas CAESOS EERP/USP. Alunas especiais de Pós graduação – mestrado.
SILVA, Maria do Socorro Ferreira da. Laboratório de ensino em Geografia. - São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2010.